
Exame de arteriografia cerebral com reconstrução tridimensional, melhor método de imagem para avaliação do aneurisma cerebral.
Tratamento
Saiba mais sobre aneurisma cerebral e opções de tratamento.
Como os aneurismas cerebrais são tratados?
O principal objetivo do tratamento do aneurisma cerebral é interromper ou reduzir o fluxo de sangue para o aneurisma. Um aneurisma cerebral com vazamento ou ruptura requer cirurgia de emergência. Você pode ou não precisar de tratamento para um aneurisma não roto, dependendo das circunstâncias. Dentre as opções terapêuticas temos a cirurgia aberta ou a cirurgia endovascular.
Seu médico assistente, podendo ser um neurologista, um neurocirurgião ou um neurorradiologista invervencionista, recomendará as melhores opções de tratamento para você com base na anatomia vascular, tamanho e localização do aneurisma e vários outros fatores.
Em geral, a recuperação leva mais tempo para aneurismas rotos do que para aneurismas não rotos.
Clipagem microvascular para aneurismas cerebrais
Durante esta cirurgia, um neurocirurgião faz uma abertura no crânio para acessar o aneurisma. Usando um microscópio e instrumentos, o neurocirurgião fixa um clipe de metal na base do aneurisma para retirá-lo. Isso impede que o sangue flua para o aneurisma. A cirurgia pode interromper um sangramento cerebral ou impedir que um aneurisma intacto aumente ou se rompa.
O tempo de recuperação é diferente para aneurismas rotos (várias semanas a meses) e não rotos (geralmente duas a quatro semanas).
Tratamento endovascular para aneurisma cerebral
Para este procedimento, um neurorradiologista intervencionista realiza uma angiografia cerebral, idealmente com reconstrução 3D, para planejar o tratamento a ser realizado por via endovascular. Temos inúmeras técnicas para o tratamento, depende da localização, tamanho, morfologia, se já foi anteriormente tratado e do tamanho do colo “do pescoço do aneurisma”. Tais técnicas podem ser resumidas em 4:
- Técnica com oclusão do aneurisma através de coils simples
- Técnica com a oclusão do aneurisma através de coils e um balão complacente
- Técnica com a oclusão do aneurisma através de um stent simples ou stent diversor de fluxo
- Técnica com a oclusão do aneurirma através de um disruptor intra-sacular
Técnica com coils simples:
O neurorradiologista insere um cateter (um tubo flexível) em um vaso sanguíneo, geralmente na virilha ou no pulso, e o encaminha ao cérebro. Através do cateter, o profissional coloca uma pequena “mola” de fio macio (coil) no aneurisma.
Assim que o profissional liberar o coil no aneurisma, ela altera o padrão de fluxo sanguíneo dentro do aneurisma, resultando em um coágulo. Esse coágulo impede que o sangue entre no aneurisma, proporcionando uma vedação/oclusão do aneurisma.
Técnica com coils e um balão complacente
O neurorradiologista insere um cateter (um tubo flexível) em um vaso sanguíneo, geralmente na virilha ou no pulso, e o encaminha ao cérebro. Da mesma forma que na técnica anterior, porém agora ao invés de inserir um cateter serão dois, um para liberar os coils e outro para impedir que o coil migre do interior do aneurisma. Isso pode ocorrer pois o colo “pescoço” deste aneurisma é um pouco largo. Assim que o profissional liberar o coil no aneurisma, ela altera o padrão de fluxo sanguíneo dentro do aneurisma, o profissional desinsulfla o balão, e retira todos os cateteres. Forma-se um coágulo que impede que o sangue entre no aneurisma, proporcionando uma vedação/oclusão do aneurisma.
Técnica com stent simples e ou stent diversor de fluxo.
Para este procedimento um neurorradiologista intervencionista insere um cateter em um vaso sanguíneo na virilha ou no pulso e o encaminha ao cérebro. Através do cateter, o profissional coloca um tubo de malha na parte do vaso sanguíneo que contém o aneurisma. A malha estimula ou desvia o fluxo sanguíneo para longe do aneurisma, em vez de para dentro dele. Essa malha pode ter menos fios ( stents simples) ou mais fios (stent diversor de fluxo), este apresenta uma malha mais elaborada. Com o tempo o sangue deixa de passar no aneurisma, formando um coágulo no local, que vai sendo absorvido pela artéria a qual vai se “modelando” e exclui o aneurisma completamente da circulação.
Dispositivo WEB para aneurisma cerebral
Para este procedimento, um neurorradiologista intervencionista insere um cateter em um vaso sanguíneo na virilha ou no pulso e o encaminha ao cérebro. Através do cateter, o profissional coloca uma “gaiola” em forma de malha metálica dentro do aneurisma. Funciona de forma semelhante a uma “mola em espiral”, porém apresenta-se como um dispositivo intra-aneurisma que desvia o fluxo de forma gradual e paulatino, o qual proporciona um efeito de vedação no aneurisma, não permitindo mais a entrada de sangue, evitando que ele aumente ou se rompa.