
As artérias carótidas e vertebrais são responsáveis por levar sangue oxigenado do coração para o cérebro. Quando uma artéria carótida ou vertebral ficam obstruídas (estenose ou oclusão), seja por uma placa de gordura ou um coágulo sanguíneo/trombo, ocorre uma diminuição do fluxo sanguíneo cerebral, o que pode levar ao AVC isquêmico (Derrame).
A prevalência de estenose da artéria carótida na população geral é estimada em 5%. A estenose da artéria carótida é algo que geralmente acontece com o tempo e, à medida que envelhecemos, o risco dessa condição e também de AVC isquêmico aumenta.
De qual forma essas placas de gordura podem causar o AVC isquêmico?
As artérias carótidas e vertebrais são vasos que estão na região cervical (no pescoço), as quais podem apresentar placas de gorduras, chamadas de aterosclerose, essas placas devem ser monitoradas, pois podem ser a causa frequente de AVC isquêmico (conhecido como derrame).
O entupimento da passagem do sangue nos vasos do pescoço, pode gerar a redução parcial ou quase total da luz no vaso (estenose) ou mesmo a interrupção total (oclusões). Essas lesões podem ocorrer em diversos locais, das artérias carótidas e das artérias vertebrais. Sendo o local mais comum, na região bulbar da artéria carótida interna (próximo da bifurcação), e no ósteo da artéria vertebral (origem do vaso junto a artéria subclávia). Sendo a causa mais frequente as placas ateroscleróticas (placas de gordura), ou também associada a coágulos/trombos.
Quais os fatores de risco e as causas para desenvolvermos uma estenose de carótidas?
Principalmente se o paciente apresenta doenças ou hábitos de vida que são fatores de risco para evolução de um AVC, tais como dislipidemia (aumento do colesterol ruim), HAS (hipertensão arterial sistêmica), diabetes, idade avançada, obesidade, sedentarismo, tabagismo.
Quais são os sintomas de uma estenose de carótidas?
O tipo de AVC isquêmico que geralmente ocorre devido à estenose carotídea é quando pedaços de placa (ou plaquetas que se formam na placa) são deslocadas/embolizam para o cérebro, interrompendo o suprimento de sangue no parênquima cerebral. Quando esse bloqueio é permanente, as células cerebrais ou neurônios começam a morrer.
Um ataque isquêmico transitório (AIT) é um “mini-AVC” que é apenas um bloqueio temporário de uma pequena artéria cerebral por placas e/ou plaquetas, reversível em menos de 24 horas. De forma geral, um AIT precede um acidente vascular cerebral isquémico, logo serve de alerta. Para estas condições, é muito importante procurar tratamento o mais rápido possível ou descobrir a causa desse AIT, e um possível tratamento, para evitar que haja um possível próximo AVC isquêmico definitivo.
Como podemos descobrir que estamos com placas nas carótidas sem ter sofrido um AVC?
Através de exames de imagens não invasivas, como o Ultrason Doppler de Carótidas e Vertebrais, para a sua avaliação inicial e triagem. Neste método não é utilizado contraste, logo pacientes com doenças renais podem estar realizando o exame sem nenhum impedimento, além de ser um exame de baixo custo.
Angio- tomografia computadorizada (Angio- TC): Usando um tomógrafo computadorizado – um dispositivo que usa raios X (radiação ionizante) para criar uma imagem detalhada das carótidas e vertebrais, através do uso de contraste iônico. Este teste pode ser usado em pessoas com marcapassos ou stents (mais antigos) de outras condições. Realizado normalmente para planejamento pré-operatorio, ou em caso de dificuldades técnicas durante o exame de Doppler de carótidas.
Angio- ressonância magnética arterial sequência de parede (Angio RM Vessel Wall): semelhante a uma tomografia computadorizada, mas sem o uso de raios X, este exame fornece imagens detalhadas de suas artérias. Indicado para avaliar uma provável instabilidade da placa, normalmente identificada no Doppler de carótidas, sendo essa um risco para evoluir para um possível AVC isquémico, mesmo com estenose abaixo de 50%.
Quais são os tratamentos para essa patologia?
O tratamento pode se dar de três formas: clínico, cirúrgico (aberto) e cirúrgico (fechado/endovascular). Cada um dessas modalidades deve ser discutida com o seu médico assistente, para avaliar qual será a melhor opção em cada caso específico. Aqui na Endovasculare realizamos a técnica de angioplastia percutânea de carótidas, sendo um tratamento menos invasivo e na grande maioria dos casos com alta hospitalar em poucos dias.
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Doppler Arterial de Carótidas e Vertebrais (Artérias Cervicais)